A lua governa os ciclos. Cresce e mingua, enche e esvazia. Governa as marés, onde vivem os caranguejos e o signo de câncer que ela rege. Menstrua. A lua representa aquilo que oscila, fora de nosso controle consciente. A quarta casa do zodíaco, governada pelo signo de câncer, representa nossas raízes e nossa infância, o impacto mais duradouro em nosso subconsciente. O caranguejo vive sua vida de acordo com a maré, assim como a parte de nossa mente que não vemos, aquela que toma o controle enquanto dormimos.
A lua representa o subconsciente. Não possui luz própria, apenas reflete. É receptiva. Como um cálice onde se acumula água. Esta água são nossas emoções. Elas não estão sob nosso controle: apenas podemos reprimi-las, expressá-las ou observá-las. Esta é a natureza da lua. Absorve a luz do sol – nossa mente consciente – de acordo com nossa atenção.
No mapa astrológico natal, a lua representa a nossa maneira de absorver as impressões externas, assim como nossa forma de expressar o que está escondido. Governa nosso humor, nossas flutuações emocionais, as coisas que nos deixam irritados, seguros, amedrontados ou felizes. A lua é nosso berço, nossa zona de conforto. Por sua natureza receptiva, é muito afetada pelos planetas que a tocam. Quadraturas e oposições à lua criam emoções conflitantes que afetam todas as áreas de nossa vida.
Como dito antes, a lua rege o signo de câncer, a mãe do zodíaco. Câncer é como uma ostra, que fecha sua concha ao menor sinal de ameaça. No entanto, mesmo a mais insignificante partícula de areia que entrar em sua casa será nutrida e engordada até se transformar numa pérola. A lua e seu signo são arredios, sempre retornando à toca, porém acolhedores àqueles que permitem entrar em seus domínios. A lua está exaltada no signo de touro. Sente-se bem com a segurança, o conforto e a beleza do curral taurino. Ambos são amáveis e um tanto preguiçosos. Em contrapartida, enfraquece-se nos signos de capricórnio e escorpião: sérios, frios, expondo-se a muitos riscos, sejam eles na vida pública ou privada. A concha da ostra fecha-se, desconfiada.
A quarta casa canceriana é a casa da casa. Lar, família, ancestralidade, a bolacha com leite da infância, onde podemos nos expressar segundo nosso humor. Também é o local onde somos mães, onde cuidamos dos enfraquecidos, regendo profissões como a enfermagem e cuidados paliativos. Sua cúspide – seu início e ponto mais ativo – é conhecida como o fundo do céu, a meia-noite da roda astrológica, quando a lua reina. É o assento de nossos sonhos.
Quando suas emoções ameaçam fugir do controle ou custam a germinar, olhe para sua lua. Não a reprima e não a expresse de maneira descontrolada. Observe-a. Deixe-a crescer e minguar segundo sua própria vontade.
Dia da Semana: Segunda-Feira
Cores: Branco, Prateado, Púrpura
Minerais: Prata, Pérola, Quartzo Branco, Minerais Brancos
Fragrância: Jasmim
Plantas e Ervas: Lótus, Jasmim, Pepino, Melão, Amêndoa, Artemísia, Maracujá
Animais: Caranguejo, Tartaruga
Divindades: Ártemis, Deméter, Ísis